Pouco mais de 1 mil ambulantes estão espalhados ao longo do percurso da Lavagem do Bonfim, entre a Basílica da Conceição da Praia até a Colina Sagrada. Os profissionais foram licenciados após um credenciamento prévio feito pela Secretaria de Ordem Pública (Semop) no final do ano passado. Para o titular da pasta, Alexandre Tinôco, o cadastro dos trabalhadores de forma antecipada provou ser uma estratégia de sucesso, promovendo mais organização em uma das maiores festas populares do estado.
“A festa do Bonfim está contemplada entre os eventos que integram o novo sistema de credenciamento que a Prefeitura abriu em setembro passado. A lista final saiu em novembro. Organizamos isso primeiro e durante os últimos dias vínhamos atuando no percurso. Há ambulantes aqui desde a terça (9), então, a gente ordenou o espaço para trazer fluidez ao circuito, evitando que eles ocupem, por exemplo, as rotas de fuga e pontos mais estreitos”, disse Tinôco.
Dessa forma, acrescentou, a ação permitiu que a multidão que segue sentido à Colina Sagrada se desloque com mais segurança pelos cerca de 8 km do trajeto religioso. “Para a folia momesca, mais de 4,5 mil ambulantes já estão selecionados para trabalhar, pois, esse novo sistema credenciou as seis principais festas populares de Salvador. Começamos com Festival Virada, agora estamos na Lavagem do Bonfim, e ainda teremos a Lavagem de Itapuã, a Festa de Iemanjá, o pré-Carnaval (inclui Furdunço, Fuzuê e Pipoco) e, por fim, o Carnaval”, lembrou o titular da Semop.
O credenciamento prévio seguiu critérios de pontuação, dando preferência a moradores de Salvador, mães solo, aposentados ou idosos e até profissionais que tomaram cursos relacionados à própria atividade laboral exercida. O processo foi acompanhado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e Defensoria Pública (DPE-BA).
Objetos proibidos – Para garantir a segurança dos fiéis na Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (11), a Semop também manteve equipes de fiscalização para coibir a venda de bebidas em vasilhame de vidro, entre outros itens com potencial para arma branca.
“Começamos o nosso trabalho com a organização dos ambulantes, na fiscalização do ordenamento e na distribuição de caixas de isopor, para que os vendedores pudessem estar devidamente organizados e tivessem a capacidade de ofertar o melhor serviço para a nossa população. Também fizemos uma varredura na madrugada para evitar que objetos perfurocortantes contundentes estivessem dentro do circuito, gerando mais sensação de segurança e tranquilidade a todos que estiverem aqui curtindo esse grande momento da nossa capital”, explicou o diretor de Serviços Públicos do órgão, Alysson Carvalho.
Fotos: Ascom/Semop