A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Educação (Smed), vai ofertar este ano o ensino integral para 13.865 crianças e adolescentes em 103 escolas da rede, com a criação de 3.946 novas vagas após pacto com o Ministério da Educação (MEC).
A capital baiana tem 80 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) com ensino integral para a Educação Infantil, fase em que as crianças contam com atividades pedagógicas, psicológicas, culturais e lúdicas, além de cinco refeições e cuidados com a higiene pessoal. Já para o Ensino Fundamental – anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano) – o regime é ofertado em 21 escolas e duas Escolas Laboratórios (Escolabs).
Nas instituições do Ensino Fundamental, os estudantes têm o período escolar estendido para pelo menos sete horas diárias com oficinas de reforço escolar, artes, esportes, cultura, meio ambiente e tecnologia, conforme escolha da unidade escolar e alinhamento com seu projeto político pedagógico.
Existe ainda serviço de transporte para alunos do Ensino Fundamental, das suas escolas de origem para as Escolabs em Coutos e Subúrbio 360, onde a jornada pedagógica é complementada.
Os quatro filhos do comerciante Marcos de Oliveira, 45 anos, estudam na rede municipal de ensino. O caçula, de 4 anos, é aluno da Creche e Pré-Escola Primeiro Passo Canabrava há dois anos e permanece na instituição nos dois turnos. O pai, cujos filhos já estudaram em escolas particulares, elogia a qualidade do ensino público. “Meu pequeno faz seis refeições, toma banho na escola, além de ter atividades educativas e lúdicas ao longo de todo o dia. A equipe é maravilhosa, profissionais atenciosos e cuidam muito bem do nosso menino”, destaca.
Segundo o comerciante, além do projeto pedagógico e infraestrutura de excelência, a equipe de profissionais é muito competente e dedicada. “Acompanhamos de perto a rotina escolar, é tudo muito organizado. Sem falar que, quando vamos deixá-lo na escola, somos sempre muito bem acolhidos. Não teria como pagar uma escola integral particular e, graças à escola do município, ele está sendo bem educado, enquanto eu e minha esposa estamos no trabalho”, diz.
A coordenadora da Educação Integral da Smed, Consuelo Almeida, explica que a eficiência do modelo consiste em aumentar o tempo do aluno na escola com um planejamento pedagógico transversal. “Nossas escolas em tempo integral visam motivar a expansão de espaços e oportunidades educacionais, por intermédio da realização de projetos e atividades que favoreçam a aprendizagem”, afirma.
Além disso, a educação em tempo integral proporciona alimentação balanceada e nutritiva nos dois turnos de permanência na escola, lazer, cultura, acesso à tecnologia, atividades de língua estrangeira, artes e esporte. O ensino integral contempla ainda aulas de estudo dirigido e oficinas de Língua Portuguesa e Matemática no horário complementar.
“Os resultados são significativos na melhoria do rendimento do aluno, além de suprir as necessidades de praticar esportes, como futebol, atletismo, judô e basquete. E o mais importante: tranquiliza os pais e afasta o risco social do aluno, que fica protegido dentro do espaço da escola”, finaliza a coordenadora.
Foto: Betto Jr./Secom PMS